Castro atropela lei, grava em escola pública e é vaiado
Governador foi alvo de gritos de "bandido" e "fora, Bolsonaro"
O governador e candidato à releição, Cláudio Castro (PL), infringiu frontalmente a lei eleitoral e pode ser multado em R$ 400 mil e ter o registro de candidatura ou de diploma cassado pela Justiça. Tudo porque Castro usou as dependências e servidores de uma escola pública para gravação de seu programa eleitoral.
O episódio ocorreu na última sexta-feira (12) no Colégio Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, vizinho ao Palácio Guanabara a 1,2 Km de distância. As informações são da Folha de S. Paulo.
Entre os participantes da gravação, estava a diretora da unidade, Maria da Penha Lira, "flagrada" com um termo de autorização do uso de imagem para a campanha, a ser assinado pelos participantes.
Segundo a Folha, quando Castro chegou à escola, às 9h40, os alunos o aguardavam nas janelas e nas escadarias da unidade. Ao entrar, foi vaiado e alvo de gritos de "bandido" e "fora, Bolsonaro". O governador foi direto para a biblioteca. Logo atrás, os jovens que participariam da gravação o acompanharam. Um bufê estava à disposição na entrada da sala.
A lei eleitoral proíbe aos agentes públicos o uso de bens do estado em benefício de candidatos. Também veda a utilização do serviço de servidores para comitês de campanha. De acordo com a legislação, a prática tende "a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos" na eleição.
Especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que Castro violou a lei eleitoral. A pena prevista é multa de até R$ 400 mil, e o responsável fica sujeito à cassação do registro de candidatura ou do diploma.
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