Em depoimento, mulher que dirigia carro que arrastou diretora no Rio disse que estava com neto e se assustou com gritos e agressão

A mulher que dirigia o carro que arrastou a diretora de uma escola de cursos, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, prestou depoimento à polícia nesta sexta-feira (12). Marilene dos Santos Nogueira Campos disse que estava com o neto de 5 anos, que é autista, e se assustou com "gritos, xingamentos e puxão de cabelo".
Câmeras de segurança da unidade escolar flagraram o momento que Raquel Schwab se aproximou do carro, se apoiou na janela e foi arrastada.
Em depoimento, a condutora do veículo disse que tinha estacionado na frente da garagem para buscar o neto em uma consulta médica. Segundo a mulher, ela chegou a dizer que não faria de novo, mas foi xingada por Raquel. Na réplica, a motorista teria dito que a diretoria "deveria ter mais educação para falar com as pessoas".
Ainda de acordo com a motorista, nesse momento, Raquel puxou seu cabelo e deu um tapa em seu pescoço. Para a polícia, ela disse que acelerou com o susto dos gritos da criança e que parou depois de perceber a diretora agarrada na porta.
Depois disso, segundo o depoimento, o marido da diretora deu chutes na porta traseira do carro, mas que ele se prontificou, depois, a pagar pelo conserto.
Já a defesa de Raquel diz que a reação do marido foi por achar que a mulher tinha morrido, já que ela estava desacordada e sangrava muito.
"Essa rua é uma via de mão dupla e estava vindo outro carro na minha direção. Eu só pensei: 'eu tenho que correr na mesma velocidade para não cair na pista'. Em vez de ela reduzir, ela aumentou a velocidade. Foi uma situação chocante para quem viu, como meu marido. É traumatizante", disse.
Hematomas pelo corpo, fraturas no pé e pontos na cabeça foram alguns dos machucados causados. Mas, para Raquel, o trauma foi maior.
"Foi um trauma para mim, para a minha família. Eu não podia nem tomar banho sozinha, ainda estou me locomovendo com dificuldade", comentou.
A advogada Aline Cabral, que atua no caso em defesa da vítima, explica que a polícia foi acionada e o exame de corpo de delito foi feito no Instituto Médico Legal. A 37ª DP (Ilha do Governador) investiga o caso. *Com informações G1
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