Dor, emoção e revolta em ato por Durval Teófilo no Zé Garoto
Manifestantes gritaram por Justiça
Por Cláudio Figueiras
Gonçalenses de todas as cores e credos, com mesma revolta e sede de Justiça, se reuniram na manhã deste sábado (12) na Praça Zé Garoto em honra à memória e em solidariedade ao pranto da família de Durval Teófilo Filho, 38 anos, brutalmente assassinado pelo militar sargento da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, na fatídica noite de 02 de fevereiro, no bairro Colubandê.
“Aquele assassino tirou a vida do meu marido, ele tinha que ser exonerado da Marinha, isso não vai ficar assim. Eu quero que ele apodreça na cadeia. Enquanto eu tiver de pé eu vou lutar por Justiça”, disse a viúva Luziane Teófilo.
Representantes de várias organizações da sociedade civil, partidos políticos e do movimento negro caminharam juntos com Luziane até a Prefeitura com faixas e cartazes com gritos de “Justiça para Durval” e “Chega de racismo”.
“O olhar da esposa do Durval, de tristeza profunda e revolta, é o caminho até o fim do racismo. É assim que ela se identifica, como 'esposa'. O marido dela está vivo no coração dela e no da filha”, afirmou o escritor Mário Lima Jr., presente ao ato, que se dispersou por volta de 13 horas sob muita emoção.
Segundo o site Enfoco, viúva e filha, de apenas 6 anos, não estão mais morando na casa onde a família vivia há pelo menos15 anos, em razão das ameaças que estão sofrendo desde o início das investigações policiais e da cobertura da mídia.
Na próxima segunda-feira (14) Luziane Teófilo vai registrar um boletim de ocorrência. Isso porque as ameaças estão colocando em risco, não só a viúva, mas a filha pequena, segundo afirmou o advogado Luiz Carlos de Aguiar, que representa a família.
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